talvez amanhã.
Eu amarei e chorarei
o bastante, ainda será pouco.
Não sei onde a vida acaba.
Seja
onde for,
eu
me depararei com incertezas e percalços,
andarei descalço
em estradas que não conheço.
Talvez
hoje.
Talvez
amanhã.
Sei
que é preciso pedir perdão
E tentar
recomeçar solitariamenteMas a vida não acaba hoje.
Se eu não puder recomeçar,
Tem sempre outro dia.
Dizem até que há outra vida
Só não posso afirmar.
Eu
amarei e chorarei
o
bastante, ainda será pouco. E as lágrimas certamente serão breves,
espumas leves em um chão daninho.
Chão
que amanhece
sobre
as mortalhas, sobre as migalhas.
A
vida, eu sei, não acaba hoje.
Ela
continua, nua e aberta, Pronta para receber elementos,
Se alimentar do que somos e queremos.
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