18 June, 2013

PROTESTO

Reivindico o amor.
O direito de amar
aquilo que o coração esquece.

Os olhos mansos
da musa,
os contatos da carne
com a noite.

É isso o que eu quero.

Luto no front.
Saio as ruas.
Reivindico o que sou
para mim mesmo
e ao mundo.

Sou quem está do meu lado
lutando comigo.

 
Rosa de outono,
outros expedientes
que me impediram de reivindicar
o amor,
o tempo.

Reivindicar o tempo
seja como demanda
ou utopia,
o tempo e o amor
como respostas á bomba
e ao medo,

o direito de usufruir
toda a nudez
(inclusive a da alma).

Eu protesto
por estradas,
avenidas,
pronomes.
E tudo o que
está sob as pálpebras
da esperança
e aos olhos da lua.