21 November, 2007

NOSSAS DESPEDIDAS

NOSSAS DESPEDIDAS

Nessa hora em que choram os violinos
Não há precedentes de despedida.
Há olhos que procuram um tempo.
Uma mágica que ludibria a saudade.

Mãos que romperiam com a distância
Se nunca mais existisse a necessidade
De equilíbrio interior, evolução pessoal.
Uma coisa que não é só alma, é vida.
E se encontra presa a nossa carne
Como retratos loucos desse convívio.

Foram anos em que plantamos estrelas.
E hoje colhemos isso: faróis de sonhos.
Nossa memória recorrerá a eles quando
A angústia surgir em nossos corações
Que ainda vive para entender o sentido
Da despedida, afinal já está bem perto.

Nossos olhos nos verão, nós talvez não.
E mesmo assim cada gesto, movimento
Remeterão a saudade
Quando soprar o vento.