Sou negro
Sou branco
Tenho em mim todos os sangues e nomes
Já estive em todos os silêncios
E as lágrimas dos palestinos
Também são minhas
Me sinto entrincheirado
Com bombas em minha cintura
No meio do front.
Sou a mãe angolana.
O pai agricultor da Libéria.
Os filhos da praça da Sé.
Estou entre chineses e indianos.
Dentro dos olhos da messalina.
Me comunico com todos
Me solidarizo comigo,
Pois sou uma parte de tudo.
Me sinto atado aos atos,
Aos fatos que não pude conter
E que não dependiam de mim.
Sei que sou uma parte de tudo,
Uma parte grande e pequena.
Porém, tudo me reparte em paz
E em pães.
2 comments:
Bom.Universal.
Tenho os meus em www.micropoetricidade.blogspot.com
Abs
Magnífico!
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