NOS DIAS FRIOS
Comum nos dias frios, 
a solidão me bate a porta 
quando 
estou absolutamente 
acompanhado.
Embevecido com as luzes da cidade, 
estremeço só de pensar 
que o caminho 
ainda não se completou.
Os homens não se libertaram 
Os mais velhos preferem dormir. 
Os mais novos já não sonham.
Preferem dormir.
Voam sobre o céu de chumbo 
as águias e os crimes, 
sobre a sombra do mar 
voam cidades 
e homens como eu: 
absolutamente acompanhados.
Já mudados pela cidade, 
eu e esses homens 
voltamos aos antigos casebres 
que consumiam as paisagens do olhar 
nos dias frios, 
que ainda não se completam.
Eu e esses homens voltamos ao caminho 
(que não se completa)andando com o tempo, 
criando paisagens que nos voltam.
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