é preciso abandonar os espasmos
atravessar a linha do amor
e as reticências,
bater em retirada
quando se sente a doença
sobre a pele,
quando se sabe
que é preciso amanhecer de novo;
amanhecer sobre a vertigem
da carne,
do espelho,
da sombra,
amanhecer por completo
sobre as asas da alma,
é preciso atravessar a vertigem
e reconhecer a água das horas,
que corre,
que escorre,
entre as flores de cobre
e de sal,
só assim é que se chega
à plena condição
de homem
sobre o amor.
No comments:
Post a Comment