uma torrente descontínua de palavras se descortina diante de mim.
novas fronteiras se abrem, descubro que o mundo futuro
vive guardado em gavetas de repartição, que dividem o sonho
em "Antes" e "Depois" das palavras...
sei que o nome está em tudo, definindo formas;
estabelecendo jardins em tardes de Abril obsoletas
o que vinha antes era um gruinhido disforme
das raças que ainda não conheciam o verbo.
depois, veio o dilema:
entregar ou não o calor das palavras
aos mortais fora do Olímpo, ou conservar na tocha
o segredo dos deuses diletantes?
a poesia respondeu esse dilema,
pagando o destino de um Prometeu...
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