Sempre há
ninguém no mundo
Antes mesmo
da concepção.
Nossos olhos
não refletem essa ausência.
Ela se
mostra, como chaga santa 
Em um
retrato de Cristo.
Sempre há
ninguém no todo
Antes mesmo
dos moinhos.
Nossos
corpos não almejam essa figura.
Ela se
plasma, como ente ou instância
Sob as retinas
de ferro.
Sempre há
ninguém antes do mundo 
Antes mesmo das
imagens solventes
Nosso  vômito não tem esse processo.
Cai como um
líquido estilhaço 
Nos trilhos
de trigo sobre dois pés.
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