Mais do que se arrepender,
é preciso aprender.
Apreender a nuance dos processos;
os contrastes do amor
sob o rio das experiências.
É preciso apreender os contrastes
para que não se aprisione a tarde
em uma quimera verde
ao longo das lágrimas de um ébrio.
22 May, 2012
19 May, 2012
NINGUÉM NO MUNDO
Sempre há
ninguém no mundo
Antes mesmo
da concepção.
Nossos olhos
não refletem essa ausência.
Ela se
mostra, como chaga santa
Em um
retrato de Cristo.
Sempre há
ninguém no todo
Antes mesmo
dos moinhos.
Nossos
corpos não almejam essa figura.
Ela se
plasma, como ente ou instância
Sob as retinas
de ferro.
Sempre há
ninguém antes do mundo
Antes mesmo das
imagens solventes
Nosso vômito não tem esse processo.
Cai como um
líquido estilhaço
Nos trilhos
de trigo sobre dois pés.
18 May, 2012
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