21 November, 2007

NOSSAS DESPEDIDAS

NOSSAS DESPEDIDAS

Nessa hora em que choram os violinos
Não há precedentes de despedida.
Há olhos que procuram um tempo.
Uma mágica que ludibria a saudade.

Mãos que romperiam com a distância
Se nunca mais existisse a necessidade
De equilíbrio interior, evolução pessoal.
Uma coisa que não é só alma, é vida.
E se encontra presa a nossa carne
Como retratos loucos desse convívio.

Foram anos em que plantamos estrelas.
E hoje colhemos isso: faróis de sonhos.
Nossa memória recorrerá a eles quando
A angústia surgir em nossos corações
Que ainda vive para entender o sentido
Da despedida, afinal já está bem perto.

Nossos olhos nos verão, nós talvez não.
E mesmo assim cada gesto, movimento
Remeterão a saudade
Quando soprar o vento.

6 comments:

A autora said...

"nossos olhos no verão, nós talvez nao!"
adorei! =]

zaka said...

é incrivel como uma poesia pode nos passar ideias e sentimentos diferentes, ter camadas, ser compreendida de um modo diferente dependendo do estado de espirito e da atençao de quem lê, quando te contei o que entendi nem você, o autor, tinha pensado dessa forma, isso é sinal que você escreveu com mais sentimento e menos razão, que sua poesia atingiu camadas profundas que permite varias interpretaçoes. essa incerteza é muito boa de sentir.

Anonymous said...

"Nossa memória recorrera a eles quando a agustia surgir em nossos corações..."
a angustia sempre surgira como desculpa para podermos nos libertar ou tentar pelo menos...gostei das suas poesias...tambem escrevo...quando puder passa no meu blog
http://patriarca13.blogspot.com

Anonymous said...

passando por aqui...e satisfeita como sempre com o que vc escreve...

Unknown said...

nossa que coisa mais linda essa poesia,me fez sentir que ainda estou viva!!! parabéns

Unknown said...

nossa que coisa mais linda essa poesia,me fez sentir que ainda estou viva!!! parabéns