Eu não terminei de nascer
No dia claro, sob o sol
aberto
Entre a prata e o bronze.
Eu não terminei de nascer
E, aos poucos, determinei
Meus trajetos, entreatos
Sob os caminhos esparsos
da tarde
Nas linhas do horizonte,
que dançam
na gasolina e no éter.
Eu não terminei de nascer
Mas estou longe do óbito,
obvio
Pelas estradas do céu,
por onde
Meu corpo avança, em
valsa
Um passo em falso me
traga como um cigarro
de aço, mas eu não me
disspei na fumaça
pois sequer terminei de
nascer.